Suplentes da PM afirmam que concurso foi homologado na data errada

   Comissão formada por pleiteantes às vagas de soldados querem que a validade do certame seja prorrogada até 2011; déficit no efetivo também é...

   Comissão formada por pleiteantes às vagas de soldados querem que a validade do certame seja prorrogada até 2011; déficit no efetivo também é denunciada.
   Os suplentes do concurso para soldado da Polícia Militar continuam na esperança de estarem nos quadros da instituição. Nesta quinta-feira (12), a comissão de suplentes, acompanhados pela assessoria jurídica do gabinete da vereadora Sargento Regina (PDT), afirmaram que a validade do concurso precisa ser prorrogada até 2011 devido a uma falha na homologação do certame.
   Com o edital lançado em 2005, o último concurso para soldados da Polícia Militar teve validade até 2007, quando mil novos alunos foram integrados à corporação. No entanto, houve a prorrogação por mais dois anos sob a justificativa de que o Estado convocaria os suplentes de acordo com a necessidade da corporação. A prorrogação, de acordo com a data homologada inicialmente, se expira em 23 de novembro deste ano, fato que é contestado pelos suplentes.
   O presidente da Comissão dos Suplentes do Concurso para Soldados da Polícia Militar, Wandenberg Torres, argumentou que a data para a homologação do concurso não seria novembro de 2005, e sim fevereiro de 2007, que foi quando todos os alunos completaram todas as etapas do concurso, que engloba provas teóricas, físicas, exames médicos e todo o curso de formação.
   “Nenhum concurso é homologado no lançamento do edital, e sim quando todas as etapas são completadas. Isso é lógico”, afirmou o presidente da comissão.
    Outro ponto exposto foi o déficit no efetivo da Polícia Militar. Os suplentes tinham em mãos os projetos que aumentaram os quadros da corporação. O primeiro, a lei 179/2000, sancionada pelo então governador Garibaldi Filho (PMDB), que determinou o número de policiais necessário. Em 2003, já durante a gestão de Wilma de Faria, a governadora criou mais 1.417 vagas para soldado e, desde então, os concursos realizados seriam apenas para a reposição de vagas de policiais que deixaram as atividades.
    “Ela (governadora) tem a obrigação de aumentar o efetivo e o nosso concurso está, sim, na validade”, declarou Wandenberg Torres.
Os suplentes também afirmam que, no Plano Executivo da Copa Natal 2014, os organizadores afirmaram que, atualmente, o efetivo de policiais militares em Natal era de 170 para cada habitante e que havia a meta de dobrar esse número até a Copa. “O número de policiais que ela falou não existe aqui no estado. A ONU diz que o ideal é um policial para cada 250 habitantes, mas em Parnamirim tem 1.800 por policial, e isso é fato”, acusou a vereadora Sargento Regina.
    Ainda de acordo com os suplentes do concurso, o comandante da Polícia Militar do Estado, Cel. Marcondes Pinheiro, estaria tentando “desqualificar” perante a sociedade os que estão brigando pelas vagas. Contudo, o argumento utilizado pelo Governo do Estado para não aumentar o efetivo neste momento seria a proximidade de expirar o prazo do concurso (23 de novembro) e o limite prudencial do estado.
    “Sempre tem esse argumento do limite prudencial, mas para gastar com propaganda sempre tem dinheiro. O fato é que houve falha no concurso e estamos buscando que essa falha se reflita em melhorias para a sociedade, que é o aumento do efetivo convocando os suplentes do concurso”, disse Sargento Regina.
    Até o momento, os suplentes afirmaram que vão continuar buscando sensibilizar o Governo para a necessidade da contratação. Caso não consigam, eles afirmam que irão ao Ministério Público buscar providências.

 

Publicado em 12/11/2009

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Fonte: Site No Minuto

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