Servidores querem exclusão de pensionistas do cálculo para Limite Prudencial

 Os servidores estaduais, principalmente, da Administração Indireta, Polícia Militar,  Corpo de Bombeiros, Polícia Civil e agentes penitenciários...

 Os servidores estaduais, principalmente, da Administração Indireta, Polícia Militar,  Corpo de Bombeiros, Polícia Civil e agentes penitenciários lotaram as galerias do plenário da Assembleia Legislativa. As categorias foram pedir a intermediação dos deputados nas negociações junto ao Governo do Estado. Uma comissão de líderes dos partidos com assento na Assembleia Legislativa recebeu as lideranças do movimento

  Na reunião realizada na presidência da Casa, por volta das 11h, o Comando de Negociação dos sindicatos apresentou as reivindicações e demandas das diversas categorias, sendo a principal delas o cumprimento dos acordos para implantação dos Planos de Cargos, Carreiras e Salários [PCCRs]. Os deputados aguardam, agora, do Comando de Negociação dos sindicatos um documento com as sugestões.
  A principal delas é a adoção pelo estado de um mecanismo que permita a redução do Limite de Responsabilidade Fiscal. O governo coloca como justificativa para não implantação dos reajustes o fato de estar no limite da Lei de Responsabilidade Fiscal. 
  Em plenário, o deputado Fernando Mineiro (PT) explicou que a sugestão dos sindicatos é de que o governo adote os mesmos mecanismos dos estados do Ceará e Pernambuco, no cálculo da Receita Corrente Líquida para fins de apuração dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal, com a exclusão de inativos
e pensionistas do cálculo do Limite Prudencial. A secretária-geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte/RN), Janeayre de Souto explicou que em 16 estados, o Tribunal de Contas autorizou o Executivo a refazer o cálculo do pagamento dos servidores, cortando o ponto desses funcionários. 
  "O TCE é quem deve dar o parecer para mudar esse cálculo. Se 16 estados fizeram, por que aqui não faz? O governo tem que fazer algum gesto de querer negociar com as categorias. Queremos uma proposta", declarou.
  Para o presidente do Sindicato dos Servidores da Administração Indireta (SINAI/RN) Santino Arruda, o acompanhamento da Assembleia nas negociações é fundamental. "A conversa que tivemos com o Governo não foi boa. Eles descumpriram um acordo feito por eles mesmos e agora querem cortar o ponto dos grevistas. Por isso viemos buscar o apoio dos deputados", disse. 
  O documento dos sindicatos será  encaminhado ao secretário da Administração e Recursos Humanos, José Anselmo de Carvalho Júnior, na quinta-feira, 13. Nesse mesmo dia as lideranças do movimento sindical se reúnem com os líderes dos partidos na AL, para apresentar as sugestões  e discutir a viabilidade das propostas, do ponto de vista legal.
  "Estamos aguardando esse documento, e faremos o que sempre a assembleia fez. É ajudar, unir, ser o ponto de convergência e de equilíbrio entre servidores e governo do Estado", declarou o presidente da Assembleia Legislativa, Ricardo Motta. 
  Durante a conversa, foi agendada uma nova reunião, nesta quinta (13), a partir das 10h para esclarecer as propostas e definir a atuação da Casa na negociação. Além do presidente, os deputados Ezequiel Ferreira, Márcia Maia, Walter Alves e Raimundo Fernandes devem participar na reunião, na condição de líderes partidários.
  Além dessa proposta, os grevistas sugeriram que o estado corte as gratificações previstas da folha de pagamento dos servidores, que segundo ele, chega a 30%.  A terceira sugestão dos grevistas é a criação do Subteto. Eles pedem que o Governo envie o Projeto de Lei que cria o Subteto salarial no Estado para a Assembleia Legislativa analisar. "Queremos que saia da gaveta. Com a criação do Subteto nenhum servidor poderá receber a mais que o limite estipulado por ele. Hoje o RN tem um teto salarial de R$ 26.700, mas não é cumprido", declarou Janeayre.
               
POLICIAIS
  Policiais Militares e Bombeiros também solicitaram intervenção da Assembleia Legislativa para tentar solucionar o impasse com o Governo. A categoria oficializou o pedido à Casa, na tarde de ontem, por meio de um documento, e aguarda o posicionamento do Executivo. "O estado rompeu com o acordo e não apresentou contraproposta alguma. Iremos trabalhar com a estrutura que possuímos, ou seja, na prática, não funciona", disse Jeoás Nascimento, presidente da Associação de Cabos e Soldados do RN.
 
Fonte:
Site da Tribuna do Norte
www.tribunadonorte.com.br
Publicado em 11/10/2011

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