Secretário de Segurança Aldair da Rocha concede entrevista a 96 FM

  Os aprovados no concurso da Polícia Civil no Rio Grande do Norte terão que esperar pacientemente a convocação do Governo do Estado. A expectativa é...

  Os aprovados no concurso da Polícia Civil no Rio Grande do Norte terão que esperar pacientemente a convocação do Governo do Estado. A expectativa é que os concursados sejam convocados ainda este ano, mas não há previsão de data pra isso. Essa foi a explicação dada pelo secretário estadual de Segurança Pública e Defesa Social, Aldair Rocha em entrevista ao Jornal 96, da 96 FM na manhã desta terça-feira (8).

   Ele explicou que o novo Governo, liderado por Rosalba Ciarilini (DEM), tinha a perspectiva de convocar os aprovados, mas que diante dos problemas financeiros enfrentados neste início de ano, a convocação foi suspensa. “No início do governo, íamos chamar esse pessoal, mas apareceram dificuldades financeiras para isso. Mas esperamos que no transcorrer deste ano, logo que as finanças melhorem, possamos colocar a Polícia Civil e Judiciária nas 65 comarcas do Estado, onde hoje 25 trabalham de forma precária e 40 não existem”, argumenta o secretário.

  Ainda sobre as dificuldades financeiras da pasta, Aldair Rocha disse que a governadora sinaliza “uma atenção especial para saúde e segurança”. “Vamos trabalhar com criatividade, inovação e dedicação, mas serão feitos cortes de 30% de forma linear para equilibrar a secretaria e depois vamos tentar restabelecer o nosso orçamento”, comenta o secretário.
  Aldaior Rocha contou ainda que vai buscar verba em Brasília, na Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e que está esperando a equipe ser formada para entrar em contato com a secretária, Regina Miki, com quem já trabalhou em Diadema, São Paulo. “Temos um programa que vai contar com o apoio da União, com 80% do orçamento do Estado vindo de lá e trabalhar com 20% do Governo do Estado”, esclarece.
  No Rio Grande do Norte, a proposta do secretário é trabalhar de forma integrada com as polícias. “Vamos avaliar as condições para que no interior do Estado, o trabalho da segurança seja feito com as unidades integradas de polícia – civil e militar – e na área social, vamos investir em cultura e educação nas áreas com alto índice de criminalidade”, comenta.
   O planejamento de segurança para as áreas de limite entre os estados vizinhos será feito em parceria com a Polícia Rodoviária, com postos de trabalho para integrado entre as polícias. “Temos que estabelecer bases nestes locais, alguns pontos de fiscalização, juntamente com a Polícia Rodoviária Estaduais nas divisas com os estados da Paraíba e do Ceará”, garantiu. 
  Em relação ao trabalho de prevenção e combate ao crime feito pela polícia, como o trabalho de investigação de homicídios, o secretário Aldair Rocha disse que vai atuar na valorização dos policiais, dando condições de trabalho a eles e tentando minimizar os grupos de extermínio que possuem ligação com a polícia.
  “Já temos um mapeamento junto com a Polícia Federal local e vamos aprimorar a investigação dos desvios de conduta, contando também com a colaboração da Polícia Rodoviária Federal e dói Ministério Público que trabalha diretamente com o crime organizado: trabalhar sem dar tréguas para os criminosos”, destaca.
  Durante a entrevista, Aldair Rocha comentou ainda sobre o caráter técnico da secretaria de Segurança Pública na escolha dos novos diretores e comandantes, como o coronel Francisco Araújo e o diretor do Instituto Técnico e Científico de Polícia (ITEP), um médico de carreira, Nazareno de Deus. Ele também comentou os problemas administrativos do ITEP.
  “Hoje não temos uma polícia técnica e continuamos com uma deficiência muito grande, por causa do pagamento de médicos, gratificação de plantões e adicionais de forma irregular e ilegal: adicionais noturnos para quem trabalhava durante o dia. Por isso, devolvemos as prefeituras quem não era do corpo técnico do ITEP e escolhemos os funcionários com o critério puramente técnico”, detalhou Aldair Rocha.
  No ITEP, a dificuldade administrativa vai além da questão dos pagamentos irregulares. Aldair Rocha contou que não há lei orgânica para o órgão e que por isso não há como elaborar concurso e convocar novos técnicos. 
  O trabalho de Aldair Rocha foi iniciado em São Paulo na Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (SESED) e ele foi oficial da Polícia Militar (PM) de São Paulo durante 19 anos.
  Depois de anos, Aldair ingressou na Polícia Federal como Delegado de Repressão e Entorpecentes e foi Superintendente da Polícia Federal nos Estados do Amapá, Mato Grosso e Ceará e coordenador do Grupo de Elite (Grupo de Operações Táticas) de Brasília.
  Com este currículo, Aldair disse que vai atuar na repressão ao tráfico de drogas com um trabalho de prevenção, repressão, tratamento “para aqueles que desejam sair do mau caminho” e reinserção do pessoal. 
 
Fonte:
Site do No Minuto
www.nominuto.com.
Publicado em 08/02/2011

 

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