Polícia acaba motim no presídio

    Por medida de segurança e evitar que um novo confronto resulte em mortes dentro do presídio provisório Raimundo Nonato Fernandes, situado na avenida...

 

  Por medida de segurança e evitar que um novo confronto resulte em mortes dentro do presídio provisório Raimundo Nonato Fernandes, situado na avenida Itapetinga, conjunto Santarém, na Zona Norte de Natal, cinco presos que lideraram um motim foram transferidos, no começo da noite de ontem, para a Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, Região Metropolitana de Natal (RMN).
  Polícia monta esquema de segurança para o transporte dos presos envolvidos no tumulto do presídio provisório da Zona NorteDe manhã, grupo rivais iniciaram um bate-boca, depois que um preso ameaçou outro, dizendo que tinha mandato matar a mulher de um e que este seria morto em seguida. Um pelotão do Batalhão de Polícia de Choque (Bpchoque) foi chamada para intervir e conter motim, enquanto soldados do 4º Batalhão da Polícia Militar isolava a área em frente ao presídio, onde dezenas de pessoas e a familiares de presos tentavam obter noticias de presos que ali se encontravam, como dona Maria Lindalva, que mora em Ponta Negra e estava mais tranquila porque um filho de 23 anos, condenado por tráfico de drogas, “estava no pavilhão “A”, longe do local da briga entre presos.
  Na briga entre os presos, que arrombaram uma grade para tentar chegar a uma cela, chamada de “seguro”, onde estava um preso e a outras celas do pavilhão “B”, três presos saíram feridos, dois deles a pedradas, enquanto um chegou a ser socorrido para o Hospital Santa Catarina para fazer um raio x, mas que voltaria para o presídio provisório. “Ele tem uma balada alojada na axila”, chegou a dizer o paramédico Rodrigo Azevedo, chefe da equipe de um Serviço Móvel de Urgância (Samu), que foi chamada para prestar assistência aos presos feridos.
  Os presos que foram transferidos Alcaçuz e responsabilizados pela direção do presídio Raimundo Nonato Fernandes como  líderes do  motim, são os seguintes: Sérgio Hugo Medeiros da Costa, Francisco de Assis da Silva, Márcio Tavares da Silva, Fabiano da Costa Souza e Sidnei Silva da Costa.
  Outros cinco presos já tinham previsão de transferência para Alcaçuz, por terem recebido sentença judicial e, por isso, não podiam mais ficar no  presídio provisório: Andernilson Delfino da Silva, Jubiranilson de Araújo Barbosa, Canindé Rodrigues Medeiros, França Pereira do Nascimento e Adriano Machado. 
  O subcomandante do BPchoque, Major Marinho, chegou a conversar com jornalistas e acalmou os parentes de presos, explicando que “já era o tempo de usar armas letais” no combate a rebeliões e motins dentro de presídios do Rio Grande do Norte. Ele afirmou que os 50 soldados que adentraram no presídio, afora o pessoal do Bope que assumiu as guaritas para evitar alguma fuga de preso, estavam usando gás lacrimogênio e balas de borracha.
  O diretor do Sistema Penitenciário Estadual, major José Deques da Silva, esteve no presídio Raimundo Nonato Fernandes e no fim da tarde também conversou com jornalista, avisando que “a situação estava contornada” e a demora da Polícia Militar em deixar o presídio, era porque estava sendo feita “a contagem um a um dos presos”, para então haver o retorno deles às celas do presídio, onde hoje estão mais de 400 homens que aguardam julgamento.
  José Deques Alves, explicou que os presos derrubaram uma grade que chamam de “instrusa”, por onde teriam acesso a outras celas nas quais estavam outro grupo rival.

 

 
Fonte:
Site da Tribuna do Norte
www.tribunadonorte.com.br
Publicado em 22/10/2010

Outras Notícias