A ação fez os profissionais de segurança pública, participantes do curso, colocarem na prática as técnicas ensinadas. O curso durou 60 horas/aulas e envolveu cerca de 58 profissionais integrantes do sistema de segurança pública do RN indo além do âmbito policial. Participaram do curso as Polícias militar e civil, Agentes Penitenciários, Corpo de Bombeiros, Peritos do ITEP, Guardas municipais, Agentes da SEMOB e profissionais do SAMU metropolitano.    

  O curso foi promovido por meio de um convênio entre a Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (SESED) e a Secretaria Nacional da Segurança Pública (SENASP). Tendo como instrutor o perito criminal Alberi Spindula, do Distrito Federal. O curso foi ministrado na Academia da Polícia civil.

  Alberi Spindula ressaltou que o objetivo maior foi integrar os profissionais que lidam com segurança pública "esses profissionais vão interagir em suas ações em locais de crime, eles precisam conhecer determinados elementos sensíveis na produção de vestígios que devem ser preservados para a investigação. Por isso o fundamental é a integração teoria e prática desses profissionais já experientes, para que cada um faça sua parte e consiga interagir com o outro que vai continuar o trabalho", afirmou o perito. 

  Para Carlos Neves, policial civil, o curso veio somar conhecimentos "reforçamos conhecimentos que já temos, e a integração com as demais forças é importante para ajudar na preservação do local de crime. Agora só falta cobrar um pouco dos nossos superiores os equipamentos que não temos, para que com o apoio de todos possamos colocar em prática 100% do que aprendemos aqui", disse o policial.  

  Já o policial militar Sargento Edilson Henrique afirmou que o curso foi um reforço ao que eles vivenciam diariamente, "o mais importante foi a integração com os vários segmentos da segurança pública. Apesar de termos algumas limitações nas condições de trabalho, o aprendizado do curso veio enriquecer em detalhes nosso dia-a-dia, e só quem ganha com isso é a sociedade que terá um serviço de maior qualidade", declarou o sargento. 

  O sargento Eliabe Marques, presidente da ASSPMBM, também participou do curso e colocou que a gama de conhecimentos adquiridos no curso foram de extrema importância,"o aprendizado foi muito válido, mas infelizmente nós policiais militares não estamos tendo condições de trabalho adequadas para aplicarmos na prática tudo que aprendemos. Geralmente os policiais militares são os primeiros a chegarem ao local do crime, mas não temos nas viaturas nem a fita zebrada, nem cones para o isolamento do local, o que provoca perdas importantes para a investigação, nesse caso muitas vezes favorecendo o autor do delito em função das condições inadequadas de trabalho, causando impunidade e aumentando assim a violência. Falta por parte do governo um apoio logístico adequado, melhorando as condições de trabalho para que o profissional da segurança pública possa dar cem por cento do seu potencial", declarou o sargento.

 O agente penitenciário Jonatan Levi também ressaltou a importância da integração das forças de segurança "o curso foi muito pontual, porque a partir desse momento seremos multiplicadores desses conhecimentos e todas as áreas integradas vão promover melhoria nas ações e soluções dos crimes. Apesar de não termos condições de trabalho plenas, não temos a estrutura que gostaríamos, acreditamos que agora com esses cursos as condições de trabalho também vão melhorar", colocou o agente.   

  Para o agente da civil George Roberto fazer o curso foi um momento singular  "para nós profissionais ter uma oportunidade de fazer um curso desse, com um instrutor capacitado como o perito Alberi Spindula é muito importante. E agora que tivemos um curso com tamanha qualidade, esperamos que também melhore nossas condições de trabalho, porque hoje se faz necessário um investimento por parte do governo nos equipamentos e nas condições de trabalho. É importante não só a capacitação do pessoal, mas também termos em mãos os objetos que nos permitam fazer o trabalho pondo em prática o que aprendemos", afirmou o agente.

 

Dênia Cruz Sckaff

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