Com RN em crise, PM não terá aumento do efetivo “porque não há como pagar”

Apesar de quase um terço das vagas da PM estarem abertas, não há dinheiro para permitir um aumento do efetivo

Uma preocupação social – e um dos principais motivos da desaprovação do Governo Rosalba Ciarlini – a segurança pública vai ter que otimizar seu efetivo se quiser aumentar o trabalho ostensivo. Foi isso que deixou bem claro o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Araújo Silva, no início da noite de hoje (8), em entrevista a uma rádio de Natal, ao ressaltar que o Executivo não tem recursos para aumentar o número de policiais da corporação.

“Hoje não há condição de convocar (novos policiais), porque não há condição de pagar”, afirmou o comandante-geral, ressaltando que, neste momento, a PM está tendo que pagar diárias operacionais para fazer ações patrulhamento pela Grande Natal, sobretudo, aquelas com o objetivo de evitar assaltos a ônibus.

O problema é que as declarações de coronel Araújo vão de encontro a expectativa social que se criou em torno do aumento do efetivo das corporações que compõem a segurança pública local – Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Técnica-Científica de Polícia e Corpo de Bombeiros Militar. Afinal, o próprio secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Aldair da Rocha, afirmou em maio deste ano que o Estado vivia a expectativa do aumento de homens nessas forças com a adesão ao programa federal “Brasil Mais Seguro”.

“Essa discussão (se há necessidade de aumento de efetivo) praticamente não existe. Há necessidade, ela é urgente e já constatada. Nós temos uma necessidade muito grande de técnicos, peritos, na nossa política técnica, e de polícia judiciária também. Para melhorar a investigação, você precisa melhorar também a polícia técnica e os outros setores vão caminhando junto também”, afirmou Aldair da Rocha em maio.

Antes disso, mais precisamente no final do ano passado, quando a governadora do Estado, Rosalba Ciarlini, participou da formatura de novos oficiais da Polícia Militar, ela mesma fez questão de anunciar que em 2013 seria realizado o tão esperado novo concurso para a corporação.

Porém, apesar das expectativas de meses anteriores, o que se ressalta agora é a crise econômica do Governo, que fez o próprio coronel Araújo descartar a possibilidade de aumento do efetivo. Nessa situação, vale lembrar, a PM tem um déficit de quatro mil homens nos 13 mil cargos existentes. Ou seja: quase um terço da corporação está com vagas abertas. E talvez isso explique a sensação de insegurança de muitos potiguares.

Fonte: Portal no Ar

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