A Segurança Pública do RN está de luto. O sargento da PMRN Paulo Silva de Medeiros (P. Silva), que construiu uma trajetória de 20 anos dedicados à Polícia Militar do Estado, foi encontrado morto em seu veículo na tarde desta segunda-feira (15), com um disparo de arma de fogo na cabeça. As investigações apontam a possibilidade de suicídio, já que arma foi encontrada em punho, ainda engatilhada. No entanto, familiares e amigos da vítima contestam a conclusão e reivindicam uma investigação especializada do caso. O corpo foi encontrado no município de Macaíba.
A Associação de Subtenentes e Sargentos Policiais Militares e Bombeiros do RN (ASSPMBM/RN) acompanhará o caso de perto. Também pretende cobrar das autoridades competentes que a investigação seja apurada pela Delegacia Especializada de Homicídios (DEHOM), que tem como atribuição exclusiva a análise de casos deste tipo. “Ocorrências desta qualidade não podem ser investigadas por uma delegacia de bairro, tendo em vista a sobrecarga de trabalho dos que precisam atender a todas as demandas da região, e não têm condições de realizar uma investigação especializada do caso”, afirma o presidente da ASSPMBM/RN, sargento Eliabe Marques.
O presidente da ASSPMBM/RN conviveu durante anos com o sargento Paulo Silva e afirma que a vítima, em nenhum momento, apresentou perfil característico de alguém que possa vir a cometer suicídio. “Ele era muito entusiasmado em tudo que fazia. Sempre foi um bom amigo, um bom conselheiro. Os familiares também descartam a possibilidade do sargento ter se suicidado, já que não tinha envolvimento com álcool, muito menos histórico de depressão e sempre teve uma boa convivência com todos eles”.
Eliabe Marques também chama atenção para um detalhe curioso, que pode ajudar nas investigações e descartar a possibilidade de suicídio do militar. “A arma encontrada no local do acidente estava na mão direita da vítima. No entanto, o sargento Paulo Silva é canhoto”, observa o presidente da ASSPMBM/RN. O sargento Paulo Silva foi instrutor da Academia de Polícia Militar e atualmente estava à disposição do Gabinete de Gestão Integrada (GGI).