Associação apresentará defesa de policiais suspeitos de corrupção

 A Associação de Cabos e Soldados (ACS) da Polícia Militar entregará documentos ao Ministério Público contradizendo as suspeitas de...

 A Associação de Cabos e Soldados (ACS) da Polícia Militar entregará documentos ao Ministério Público contradizendo as suspeitas de corrupção contra doze policiais lotados no 10º Batalhão de Assú. A entrega deve ocorrer ainda nesta segunda-feira,11,  e, para a associação, demonstra o que realmente ocorria no Batalhão. 

  Através de nota, a ACS esclarece ponto a ponto as suspeitas apontadas pelas investigações do MP, expostas durante a semana passada. O desvio de gasolina, os pontos bases em locais privados e a escolta em transportes de valores são justificados pela assessoria jurídica.
  Em um dos vídeos divulgados pelo MP, aparece o desvio de gasolina de uma viatura para um carro descaracterizado e, que segundo a investigação, seria de um proprietário particular. A ACS desmente: "Em relação ao desvio de gasolina, de acordo com o depoimento do soldado acusado, a troca do combustível foi feita, sim, para um carro particular que é utilizado para o serviço investigativos do 10º Batalhão de Polícia Militar. O uso do carro é de conhecimento do Comando da Polícia Militar".
  Quanto a escolta, a associação também esclarece: "A explicação para a escolta de transportes de valores confirma uma das versões apresentadas em depoimento, de que o Estado autoriza a Polícia Militar a realizar escolta de transporte de valores em locais onde não haja serviço de uma empresa particular".
  Em relação aos pontos base feitos em empresas particulares, a nota da Associação de Cabos e Soldados pondera: "O posto de gasolina, em que foi apontado uma vigilância permanente, é um ponto base de várias viaturas em serviço criado pelo comando local para coibir os inúmeros assaltos que vinham ocorrendo na região. Um relatório que será entregue ao MP apresenta as diversas ocorrências atendidas pelas viaturas".
  "Esperamos, com a apresentação desses documentos, que o Ministério Público consiga elucidar os fatos de maneira justa e correta e, assim, possamos reverter a imagem negativa que ficou para corporação. A investigação e a prisão, da forma como foram feitas, expuseram de forma negativa tantos os policiais como a instituição. A prisão foi feita de forma truculenta com a invasão das residências dos policiais de forma a também expor as famílias desses policiais", afirmou através de nota o Cabo Jeoás Santos, presidente da Associação dos Cabos e Soldados da PM/RN. 
 
Habeas Corpus
  A Associação de Cabos e Soldados informa ainda que oito dos doze policiais detidos já conseguiram habeas corpus através do Tribunal de Justiça desde a sexta-feira passada. No entanto, em um gesto de solidariedade ainda estariam na carceragem do BOPE aguardando a liberdade dos restantes.
 
Batalhão Mall 
  Mais de 80 homens e 11 Promotores de Justiça envolvidos na operação deram cumprimento na segunda-feira a 15 mandados de prisão e seis mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça. Entre os detidos, estavam o comandante do 10º Batalhão da PM, coronel Arcanjo, e o ex-sub comandante do 10º BPM, major Alberto Gomes. Os empresários do ramo de posto de combustíveis, Rodolfo Fagundes e Erinaldo, vulgo Bebé, e o sócio da rede Nossa Agência, Pedro Gonçalves, também foram presos.
  A Operação "Batalhão Mall" teve o objetivo de desarticular suposta organização criminosa responsável pelo cometimento reiterado de crimes de corrupção ativa, passiva e peculato contra a Administração Pública Militar, através de negociatas com pontos bases de viaturas e vendas do serviço policial, especificamente: vendas de escolta de transporte de valores e de vigilância 24 horas, tudo com o uso de viaturas, estrutura da PM e policiais em serviço, e também mediante apropriação de combustível extraído ilicitamente de viatura. 
 
Fonte:
Site do Tribuna do Norte
www.tribunadonorte.com.br
Publicado em 11/07/2011

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