Os agentes penitenciários do Rio Grande do Norte irão realizar, a partir da quarta-feira (14), um movimento chamado de “greve branca”. A decisão partiu de uma Assembleia Geral da categoria, nesta segunda-feira (12), e, segundo o presidente do Sindicato dos Agentes e Servidores do Sistema Penitenciário do Rio Grande do Norte (Sindasp/RN), Alexandre Medeiros, é reflexo da falta de condições de trabalho dos agentes.

  De acordo com Alexandre Medeiros, a greve é chamada “branca” por não se tratar de uma paralisação total. “Vamos trabalhar, mas por não existir condições suficientes, nós vamos cortar todo tipo de revista. Temos que proteger o agente que está ali em um serviço precário e termina se expondo”, explica Alexandre. 

  São ao todo seis pontos na pauta do movimento grevista, entre eles o porte de armas letais e não-letais. O sindicato declara ainda que atualmente o número de agentes penitenciários é insuficiente. “Queremos que as 15 vagas de agente que estão em abertas sejam preenchidas e que os 600 agentes penitenciários que já realizaram o curso de formação sejam convocados e assumam suas funções”, reforça o sindicalista.

  Outro problema seria a situação das unidades prisionais, como a Penitenciária de Alcaçuz que está sendo até comparada à antiga João Chaves, na zona Norte de Natal, por causa da destruição em celas provocadas por presos e pelos vários túneis que se multiplicam sob as dunas onde os pavilhões foram construídos em Nísia Floresta.

  “Em Alcaçuz hoje existem 400 vagas para 700 presos, e nós temos apenas oito pessoas para vigiar este número de pessoas. O ideal é que exista um agente para cada quatro, cinco apenados, mas a situação aqui é deprimente”, explica Alexandre. Segundo o presidente do sindicato, o sistema das CDPs é “irregular”.

  A aquisição de viaturas-celas também é solicitada na pauta dos grevistas que informa, sem o veículo adequado também não farão escolta de presos.

 

Fonte:

Site No Minuto

www.nominuto.com.br

Publicado em 12/09/2011