Com apenas 640 bombeiros para atender a toda a demanda potiguar, o órgão possui um déficit de quase 86% de pessoal, o que compromete totalmente a qualidade e agilidade dos serviços oferecidos. Isso faz com que o Rio Grande do Norte seja o segundo no Brasil com o pior índice de ocupação territorial, cobrindo apenas 2,9% de todo o Estado. Fica atrás apenas do Piauí, que possui 1,79% de cobertura. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Liga Nacional de Bombeiros (Ligabom), o ideal é que se tenha um bombeiro para cada grupo de mil habitantes.

“Ou seja, se temos 3,2 milhões de habitantes no Estado, deveríamos ter 4,5 mil bombeiros na ativa, sendo 3,2 mil somente para os serviços operacionais e 1,3 mil para o administrativo. Também temos defasagem em número de quartéis, que deveriam ser instalados em municípios com mais de 25 mil moradores. Hoje, temos 25 municípios nesta situação, mas apenas cinco deles possuem representação do Corpo de Bombeiros, que são Natal, Mossoró, Caicó, Pau dos Ferros e São Gonçalo do Amarante”, explicou o assessor de comunicação da corporação, tenente Christiano Couceiro.

Isso compromete também o atendimento às ocorrências como incêndios e princípios de incêndio, que aumentaram em Natal neste ano, em comparação a 2013. Somente em casos envolvendo veículos, o crescimento foi de 40%, com 83 incendiados, seguido por incêndios em residências, que cresceram 30% e edificações comerciais e industriais, com 20%. Nos dois casos, foram 182 casas e 87 estabelecimentos destruídos por fogo. 

Fonte: Jornal de Hoje Online