O movimento representativo dos militares estaduais corre sério risco no Estado do Rio Grande do Norte, isso porque tem sido alvo de ações que tentam calar a voz da categoria em suas atribuições de fiscalizar, denunciar e cobrar condições dignas e adequadas de trabalho dos operadores de segurança.
O Sargento Roberto Campos, presidente da ACS-PM/RN foi intimado por meio do ofício n° 24/2021 da Assessoria Administrativa do Comando, para prestar depoimento na próxima segunda-feira (26.04) acerca das denúncias formuladas em matéria da ACS-PM que relatava que os soldados recém formados estavam dormindo amontoados no chão das unidades do interior.
Existe informes que a Assessoria Administrativa também já ouviu em depoimento na sindicancia o soldado que supostamente teria feito a foto que foi vinculada na matéria, com a clara finalidade de também punir o militar.
Se percebe que estão querendo "calar a voz" dos policiais militares por meio da criminalização das atividades das entidades representativas de praças, o que causa estranheza, em especial, pelo fato da Governadora que é a Comandante e Chefe da Polícia Militar se dizer de origem sindical e de luta.
No caso específico do Sargento Roberto, sequer consideraram o momento delicado que passa o Militar, que a 10 dias sofreu com o falecimento do seu Pai pela COVID-19 e que se encontra com sua mãe internada, bem como, que estava de atestado até o dia de ontem pelo fato dele e toda sua família também estarem acometidos pela doença, mas, na visão do Comando da Instituição, "a criminalização dos movimentos não pode esperar".
O Comando da Corporação prefere punir os militares que lutam por melhorias das condições de trabalho dos operadores de segurança pública, do que trabalhar para proporcionar as condições dignas cobradas pelas entidades.