Para o presidente da ASSPMBMRN, a proposta deve considerar as peculiaridades dos profissionais militares estaduais que se diferenciam dos demais trabalhadores
A Reforma da Previdência dos militares estaduais esteve em destaque no Encontro de Militares Estaduais do Nordeste, que ocorreu na Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco (Alepe), nesta última segunda-feira, (18). O presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos Policiais e Bombeiros Militares do RN (ASSPMBMRN), subtenente Eliabe Marques, marcou presença no evento e defendeu a necessidade de diferenciação dos policiais e bombeiros militares na proposta de mudança.
Deputados federais e estaduais de vários estados que representam policiais militares se reuniram no evento. Dentre eles, os deputados federais Subtenente Gonzaga (PDT-MG) e Capitão Alberto Neto (PRB-AM), e os deputados estaduais Cabo Bebeto (PSL-AL), Gilberto Silva (PSL-PB) e Joel da Harpa (PP-PE) que foi o organizador do encontro.
Segundo Eliabe Marques, os militares estaduais precisam ser tratados como uma categoria diferenciada. Ele coloca como exemplo a não existência de uma carga horária definida. “Os policiais e bombeiros militares trabalham 240 horas por mês, em média. Durante 30 anos isso soma 86.400 horas. Enquanto, um trabalhador comum, numa carga horária de 160h/mês trabalha 57.600 horas durante os mesmos 30 anos. Ou seja, o militar estadual trabalha 28.800 mil horas a mais do que os demais trabalhadores”, argumenta.
Pesquisa realizada pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) ratifica a distição. Os dados revelam que policiais e bombeiros militares morrem em média aos 58.6 anos de idade. Enquanto a expectativa de vida do brasileiro médio é de 76 anos de idade, segundo IBGE. “Portanto, quando se falar em reforma da previdência dos militares estaduais esses números tem que ser levados em consideração”, frisa.
Discussão por todo o País
A Associação Nacional de Praças (Anaspra) definiu um calendário de atividades para debater o tema e tentar barrar as mudanças previdenciárias que vão afetar a carreira dos militares estaduais. Além do Encontro que ocorreu esta semana em Pernambuco, está programado a realização de seminários na Bahia (29 de março), em Minas Gerais (5 de abril), em São Paulo (8 de abril), no Ceará (15 de abril) e em Roraima (22 de abril).