A noite da última segunda-feira (25) foi de movimentação política e muitos questionamentos acerca da segurança pública estadual. O debate promovido pelas associações de militares na TV União mobilizou uma plateia de mais de 150 pessoas, entre militares e seus familiares, representantes de associações em defesa da segurança e pessoas interessadas em conhecer as propostas dos candidatos ao governo do RN. Na ocasião, os candidatos Robério Paulino (PSOL), Henrique Eduardo Alves (PMDB), Simone Dutra (PSTU), Robinson Faria (PSD) e Araken Faria (PSL) puderam expor suas propostas na pauta eleita para a discussão.

O debate teve o objetivo de chamar atenção da população para o tema segurança pública. “Esta foi uma oportunidade que a população teve para avaliar se os candidatos estão preparados para resolver os problemas da segurança pública, já que a violência cresce a cada dia e as providências precisam ser tomadas”, explica Eliabe Marques, presidente da ASSPMBM/RN.

Durante as falas, muitas das propostas apresentadas eram comuns entre os governadoráveis, como priorizar a segurança pública, dar melhores condições de trabalho aos profissionais da polícia e corpo de bombeiros, aumentar o efetivo das corporações através de concurso público e equipar os batalhões com serviço de inteligência. Também pôde-se ouvir proposições relacionadas às bandeiras defendidas pelas associações, dentre elas: desmilitarização, convocação dos 824 soldados, melhoria no sistema de saúde oferecido aos PMs e BMs, o recebimento do subsídio e a progressão na carreira.

Entre os presentes, também estavam representantes dos 824 convocados no último concurso realizado pela PMRN. “Queremos agradecer a iniciativa das associações em promover esse debate. A segurança pública está um caos e é importante a presença de todos nesse momento. Estou aqui não só como concursado mas como cidadão”, ressaltou Evando da Silva, representante dos 824 convocados.

Embora todas as atenções estivessem voltadas para o debate, um dos aspectos marcantes do evento foi a união e força demonstradas pelas associações de oficiais e praças ao conseguirem organizar tamanho acontecimento. Além de proporcionar uma discussão em torno da segurança, as entidades representativas elaboraram, em conjunto, uma “Carta de Intenções”, na qual constam todas as reivindicações defendidas pelas associações. As cartas foram entregues aos candidatos no final do encontro e servirão de subsídio para o próximo governante do estado gerir as demandas e políticas para segurança.

Conheça as principais propostas dos candidatos:

Araken Faria

- Convocação dos 824;

- Realização de concursos com a finalidade de suprir o deficit de quatro mil policiais;

- Qualificação dos policiais;

- Coletes e armas individualizados para cada agende de segurança.

Henrique Eduardo Alves

- Gestão integrada com a pasta da segurança diretamente vinculada ao gabinete do governador;

- Demarcar as áreas de maior vulnerabilidade e promover a ocupação policial nesses locais;

- Motivar os profissionais da segurança púbica e equipar com aparatos tecnológicos os comandos;

- Combate as drogas com políticas preventivas.

Robério Paulino

- Equipar as polícias (melhorar as viaturas) e informatizar as delegacias;

- Convocação dos 824 aprovados;

- Viabilizar o plano de carreira dos policiais;

- Elevar para 15% o orçamento direcionado para a segurança;

- Estabelecer a jornada de trabalho para os policiais;  

- Trazer melhorias na educação como forma de prevenção à violência.

Robinson Faria

- Implantação da “Polícia de Proximidade”, com a ronda cidadã e a ronda de quarteirão;

- Criação do “Centro de Comando de Controle”, que concentra várias programas sob um só comando;

- Direcionar parte do orçamento em tecnologia;

- Criar a “Fronteira Digital”, que visa resguardar as entradas e saídas do estado;

- Convocação dos 824 concursados;

- Políticas de combate ao crack.

Simone Dutra

- Desmilitarização;

- Convocação dos 824;

- Promover concursos para prover maior efetivo;

- Reestruturar a polícia com equipamentos e reestabelecer condições de trabalho;

- Unificação das polícias militar e civil;

- Incentivar a progressão na carreira com efetivação das promoções dos praças.