Ato em Brasília homenageia praças mortos em serviço no País

Encabeçada pela ANASPRA, a solenidade pretende chamar atenção da sociedade e dos gestores para a implementação de uma política nacional de direitos humanos voltada a esses profissionais

Dentre as tantas demandas que permeiam as discussões em torno da segurança pública no Brasil, uma opinião é unânime entre os praças: algo precisa ser feito pelo poder público no sentido de impedir, definitivamente, que PMS e bombeiros sejam mortos em decorrência da profissão. Por isso, a Associação Nacional de Praças (ANASPRA) realiza no dia 25 de fevereiro, em Brasília, um grande ato em homenagem a esses nobres profissionais. Iniciativa do deputado federal Subtenente Gonzaga (PDT/MG), a atividade acontece no Hall da Taquigrafia na Câmara dos Deputados e  contará, ainda, com a participação do presidente da Associação de Subtenentes e Sargentos Policiais Militares e Bombeiros do RN (ASSPMBM/RN), Eliabe Marques, além de caravanas de todo o país.

O ato que tem caráter pacífico pretende chamar atenção da sociedade e da mídia ao apontar dados que revelam o número de policiais mortos durante o serviço. “A leitura que o governo e a sociedade está fazendo dos dados apresenta apenas uma visão negativa para o trabalhador da segurança pública.  Mas nós também somos vítimas da ingerência da segurança, os policiais estão morrendo como nunca no Brasil”, aponta Elisandro Lotin de Souza, presidente da Anaspra.

Lotin explica que durante a solenidade serão apresentados vídeos e fotos sobre o assunto com o intuito de demostrar que por trás da farda há homens comuns com famílias, na única categoria que morre em cumprimento do dever e que possui uma série de direitos renegados.

“Nós queremos mudanças dessa situação, desse modelo de segurança pública arcaica. Tanto que temos mantido contato permanente com a Secretaria Nacional de Segurança Pública, de Direitos Humanos e com o Ministério da Justiça; e com o apoio do deputado federal Gonzaga estamos na luta para instituir projetos de lei que nos tragam condições de trabalho e uma política nacional de direitos humanos para os trabalhadores”, finaliza.

Para Eliabe Marques, 2º Vice-presidente da ANASPRA e presidente da ASSPMBM/RN, o problema é grave, pois a morte de um policial representa a morte do Estado. “No Rio Grande do Norte cerca de 06 policiais são mortos por ano. Nós precisamos cobrar medidas enérgicas no combate ao crime contra os agentes de segurança pública. Percebemos uma omissão do Estado Brasileiro, quando os gestores negligenciam condições adequadas de trabalho e potencializam os riscos de uma atividade que já é perigosa por natureza”.

Dados

Dados do relatório de atividades 2013-2014 do Fórum Brasileiro de Segurança Pública apontam que considerando as taxas de mortes por homicídio da população e de policiais, o risco de um policial morrer assassinado no Brasil é 3 vezes maior que o de um cidadão comum.

 

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