ASSPMBMRN reclama falta de diálogo entre comando da PMRN e associações

Diretoria denuncia que comando da instituição tem tomado decisões unilaterais que precarizam ascensão funcional dos praças, entre outros direitos

A diretoria da Associação dos Subtenentes e Sargentos Policiais Militares e Bombeiros Militares do Rio Grande do Norte (ASSPMBMRN), representada pela presidente em exercício, subtenente Márcia Carvalho, e pelo presidente licenciado, subtenente Eliabe Marques, reclama da falta de diálogo com o comando da PMRN em relação a decisões referentes aos direitos dos praças.

“A Associação tem recebido diariamente queixas em relação às decisões mais recentes do Comando da PM, que tem contribuído para precarizar a ascensão funcional dos praças e exigido o retorno dos militares que estão afastados pela junta médica para que eles tenham o direito de fazer os cursos de formação e aperfeiçoamento de sargentos”, afirma o subtenente Eliabe. 

O presidente licenciado da ASSPMBMRN denuncia que muitos desses PMs adoeceram durante a atividade policial e estão sendo penalizados dessa forma. Outra queixa é a nova obrigação de um TCC como condicionante para conclusão do Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos (CAS), algo que nunca foi exigido.

Há também uma insatisfação entre a categoria sobre a decisão de retomar presencialmente os cursos de formação e aperfeiçoamento de sargentos que estavam acontecendo à distância, o que é um risco para os policiais que estão frequentando. De acordo com relatos levados à Associação, alguns dos PMs que precisaram passar a frequentar os cursos de forma presencial contraíram o novo coronavírus.

Para a presidente em exercício, subtenente Márcia Carvalho, o Comando tem legislado através de portarias e com novidades quase que semanais, o que pega a tropa de surpresa e prejudica de imediato os PMs. De acordo com o subtenente Eliabe, já houve tentativas de contato para diálogo com o comandante Alarico Azevedo, mas sem êxito, o que tem causado insatisfação geral na categoria.

“Nós entendemos o papel do Comando da PM em sua função de gestão da instituição, e não queremos impor nossas vontades, mas questionamos as decisões que têm sido tomadas sem diálogo em relação aos direitos dos policiais e bombeiros militares”,  afirma a subtenente.  

Na próxima quinta-feira (10) será realizada uma reunião no Clube Tiradentes com representantes de todas as associações para elencar prioridades da categoria e decidir quais providências serão tomadas para a retomada desse diálogo. “Se o contato permanecer bloqueado com o Comando da PM, vamos buscar instâncias superiores, como o Gabinete Civil e a própria governadora, para estabelecer esse diálogo”, acrescenta a presidente em exercício.

Fonte: ASSPMBMRN

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