Praças decidem paralisar as atividades a partir de terça (22)

Militares também ampliam pauta de reivindicações e confirmam paralisação para a próxima semana

Devido à falta de diálogo entre o Poder Público e a classe militar, que há tempos denuncia à sociedade as precárias condições de trabalho pelas quais está submetida, policiais e bombeiros militares do RN ampliam pauta de reivindicações e decidem, com unanimidade, pela paralisação das atividades a partir desta terça-feira (22). A decisão foi aprovada durante Assembleia Geral extraordinária realizada na manhã de hoje (16), no acampamento em frente à Governadoria.

Além da aprovação do Projeto de Lei de Promoção de Praças, principal medida defendida pelos militares estaduais, foram adicionadas à pauta de reivindicações mais demandas importantes para a segurança pública, sobretudo à sociedade. Dentre os quesitos que correspondem a obrigações do Governo estão o reajuste de 56,7% do subsídio, que há dois anos não é feito pelo Estado, devido enquadramento dos níveis remuneratórios, pagamento do terço de férias ainda referente a 2012, integralização dos vencimentos dos que foram promovidos e ainda não recebem de acordo com a graduação, revisão da lei e reajuste da Diária Operacional, admissão de etapa alimentação como verba indenizatória, revisão do estatuto da PM em relação à carga horária e substituição do Regulamento Disciplinar da PM pelo Código de Ética.

Ainda na lista de reivindicações dos militares, estão a complementação dos efetivos de acordo com o previsto nas leis de fixação do efetivo e convocação imediata dos 824 policiais militares aprovados em concurso, assistência à saúde psíquica do pm e bombeiro militar, além de anistia criminal e administrativa.

“Todas essas reivindicações estavam sendo deixadas de lado pelos militares da polícia e corpo de bombeiros em nome da aprovação da Lei de Promoção de Praças. Infelizmente, o Governo não está entendendo a necessidade de atendimento à demanda, de modo que, a partir do dia 22, os praças decidiram paralisar suas atividades de policiamento ostensivo, já que consideram a medida justa e necessária e infelizmente não há outra alternativa”, explica o presidente da Associação de Subtenentes e Sargentos Policiais Militares e Bombeiros do RN (ASSPMBM/RN), Eliabe Marques.

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