Policiais civis do Rio recebem hora extra, mas mantêm greve

Em greve desde janeiro, policiais civis do Rio de Janeiro recebem hoje (2) as horas extras trabalhadas durante os Jogos Olímpicos, em agosto do ano passado. O governo do estado, no entanto, ainda não tem previsão de pagar o décimo terceiro salário dos agentes, uma das reivindicações para pôr fim à paralisação.

Por causa da crise financeira do estado, a Secretaria de Fazenda só conseguiu depositar nesta quinta-feira R$ 3 milhões referentes ao Regime Adicional de Serviço (RAS). Alguns agentes já confirmaram ao Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol) que o dinheiro está na conta.

De acordo com o presidente do Sinpol, Fernando Bandeira, mesmo com as horas extras, a categoria permanecerá em greve até que toda a situação financeira seja regularizada. “Não é suficiente ainda, falta o décimo terceiro salário, que deveria ser pago em dezembro, há também que pagar todo o RAS (de 2016) e as gratificações às delegacias que se destacaram, as metas, que não estão sendo pagas. Esse é o débito do governo com os policiais civis”, informou. Ele também reclamou do adiamento da data de pagamento do quinto para o décimo dia útil do mês, o que gera “insatisfação” e “revolta”.

Segundo a Polícia Civil, mesmo com a paralisação, serviços emergenciais como remoção de corpos estão sendo atendidos normalmente. O funcionamento das delegacias, no entanto, varia de acordo com a adesão ao movimento. Quem não conseguir fazer registro de ocorrência presencialmente pode recorrer à delegacia online.

Na semana passada, o governo pagou as horas extras da Olimpíada à Polícia Militar. Os próximos depósitos vão ser efetuados “o mais breve possível, de acordo com a disponibilidade em caixa”.

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